Descrição
O que a psicanálise tem a dizer sobre o suicídio e os suicidas? O que os psicanalistas têm a dizer? No livro “Vamos falar sobre suicídio?”, nove psicanalistas aceitaram o convite de escrever sobre suas experiências e perspectivas. O que atravessa todos os artigos é que, antes de tudo, os psicanalistas têm muito o que escutar, e aqueles que flertam com o suicídio têm muito a dizer. O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, propõe uma hipótese sobre o suicídio que se tornaria célebre: o suicídio é o retorno, sobre a própria pessoa, de suas pulsões agressivas e de sua violência inconsciente. Um forte argumento em favor dessa perspectiva vem, paradoxalmente, da guerra. Na guerra, a taxa de suicídio costuma diminuir, pois o sentimento de coesão e de pertencimento ao grupo tende a aumentar, ao mesmo tempo que a violência pode ser exercida legitimamente de dentro para fora, contra um inimigo externo. Independente da validez dessa tese, o essencial para a psicanálise é a escuta singular de cada sujeito. Como as diversas práticas e experiências testemunham, são incríveis os efeitos da oferta de escuta para o sujeito que está confrontado com o dilema de ser ou não ser.
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