Deborah K. Goldemberg
Samaúma foi criado pelos batas do seminário na São Luís de 1830. Filho de pai índio e mãe francesa, não apenas sua identidade está em conflito, como também todo um país-continente que busca seus caminhos depois da independência feita pela mão de um príncipe. Influenciado pelo amigo Deusdete, Samaúma pinta-se de vermelho e vai ao Pará profundo lutar contra os conquistadores. Valentina, Branches, Áurea, seu Micá, Luís dos Ventos com suas notícias pelos rios sem fim descortinamum mundo real, tão diferente do dos batas e das conversas com o amigo querido. Tudo é vivido com força em uma guerra ocorrida entre 1835 e 1840 na Amazonia, a Cabanagem, uma revolta popular sem par na história do país. Alternando passagensque tem como cenário a Cabanagem, e instantâneos das populações indígenas e ribeirinhas em 2010, na mesma região, a autora retrata um Brasil esquecido pelo Brasil grande das metrópoles, do trânsito de carros novos, das propagandas do governo. Mas um Brasil que já fala pelo Skype, já cobra de turistas nas encenações de rituais de seus antepassados, que trabalha de caixa no supermercado. Deborah busca na memória passada de geração em geração as estruturas de um povo e de uma nação em construção, ainda que isso tenha significado a destruição do que havia antes.
Descrição
Samaúma foi criado pelos batas do seminário na São Luís de 1830. Filho de pai índio e mãe francesa, não apenas sua identidade está em conflito, como também todo um país-continente que busca seus caminhos depois da independência feita pela mão de um príncipe. Influenciado pelo amigo Deusdete, Samaúma pinta-se de vermelho e vai ao Pará profundo lutar contra os conquistadores. Valentina, Branches, Áurea, seu Micá, Luís dos Ventos com suas notícias pelos rios sem fim descortinamum mundo real, tão diferente do dos batas e das conversas com o amigo querido. Tudo é vivido com força em uma guerra ocorrida entre 1835 e 1840 na Amazonia, a Cabanagem, uma revolta popular sem par na história do país. Alternando passagensque tem como cenário a Cabanagem, e instantâneos das populações indígenas e ribeirinhas em 2010, na mesma região, a autora retrata um Brasil esquecido pelo Brasil grande das metrópoles, do trânsito de carros novos, das propagandas do governo. Mas um Brasil que já fala pelo Skype, já cobra de turistas nas encenações de rituais de seus antepassados, que trabalha de caixa no supermercado. Deborah busca na memória passada de geração em geração as estruturas de um povo e de uma nação em construção, ainda que isso tenha significado a destruição do que havia antes.
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