Descrição
Uma mulher de 40 anos revisita a família e participa do processo de preparação dos alimentos para uma grande festa. Entre as imagens da infância camponesa e do presente, ela se coloca simbolicamente no lugar do animal sacrificado e faz o exercício, com Elizabeth Costello, personagem de Coetzee, de ver o coração como “lugar de uma faculdade, a simpatia, que, às vezes, nos permite partilhar o ser do outro”. Uma exposição é tanto uma curadoria do material recolhido nessa viagem quanto o dar-se a ver numa situação familiar e incômoda. “Numa espécie de lapso, não dura mais que um segundo, projeto a imagem do meu próprio corpo no lugar do corpo do boi. Estremeço ao me ver sem pele, sem entranhas, mas lembro da inconsciência e o tremor passa, o horror não se instala.”
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