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OBJECTO QUASE
José Saramago
Companhia das Letras

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“O ditador caiu duma cadeira, os árabes deixaram de vender petróleo, o morto é o melhor amigo do vivo, as coisas nunca são o que parecem, quando vires um centauro acredita nos teus olhos, se uma rã escarnecer de ti atravessa o rio. Tudo são objectos. Quase.” Do conto “Cadeira”Publicadas pela primeira vez em 1978, essas seis narrativas breves e tensas evidenciam as raízes do maravilhoso em Saramago.Absurdas, líricas, irônicas, elas traduzem um capitalismo em agonia, atmosfera de fim de linha, de sociedades em que os bens de consumo circulam às expensas da própria vida. Daí a escrita que se move em ciclos, emulando ritmos alternados de crise e prosperidade, parodiando a circulação também incessante, distanciada e sem sentido das mercadorias. E, apartada do mundo, a consciência elabora sua vingança. Talvez a maior de todas seja a linguagem, que se destina a ferir e referir as coisas a distância. Daí o permanente poder de crítica desses escritos, capazes de fundir, com extrema habilidade e conhecimento de causa, o poético, o político.

  • Seção
    Ficção
  • Ilustração
  • Páginas
    136
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788571643628
  • Peso
    182 gr
  • Formato
    14 × 21 × 0.7 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Portuguesa, Prêmio Nobel

Descrição

“O ditador caiu duma cadeira, os árabes deixaram de vender petróleo, o morto é o melhor amigo do vivo, as coisas nunca são o que parecem, quando vires um centauro acredita nos teus olhos, se uma rã escarnecer de ti atravessa o rio. Tudo são objectos. Quase.” Do conto “Cadeira”Publicadas pela primeira vez em 1978, essas seis narrativas breves e tensas evidenciam as raízes do maravilhoso em Saramago.Absurdas, líricas, irônicas, elas traduzem um capitalismo em agonia, atmosfera de fim de linha, de sociedades em que os bens de consumo circulam às expensas da própria vida. Daí a escrita que se move em ciclos, emulando ritmos alternados de crise e prosperidade, parodiando a circulação também incessante, distanciada e sem sentido das mercadorias. E, apartada do mundo, a consciência elabora sua vingança. Talvez a maior de todas seja a linguagem, que se destina a ferir e referir as coisas a distância. Daí o permanente poder de crítica desses escritos, capazes de fundir, com extrema habilidade e conhecimento de causa, o poético, o político.

Informação adicional

Peso 0,182 kg
Dimensões 0,7 × 14 × 21 cm

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