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O OUTRO O MESMO
Jorge Luis Borges
Companhia das Letras

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A imagem do rio inesgotável que passa e permanece, refletindo um “Heráclito inconstante”, sempre outro e o mesmo, está talvez na raiz desta coletânea. Os motivos do duplo, do tempo e da alteridade são constantes do fluxo intermitente e simbólico em que se transformou a emoção poética para Borges ao longo dos anos – a qual desapareceu para ressurgir em seguida -, reafirmando a vocação do escritor que se considerava sobretudo um poeta.O título serviu-lhe primeiro para designar uma seção da Obra poética, republicada com muitos acréscimos em 1964, depois de longo silêncio, quando de fato a poesia parecia ter se esgotado. Mas logo se viu que não, e a expressão passou a designar quase toda a produção lírica de meados de sua vida, revelando em plena forma a maturidade de um poeta que fora um dos fundadores da tradição moderna da poesia hispano-americana, desde os tempos da vanguarda ultraísta do início do século XX.O leitor terá a surpresa e o prazer de compartilhar a emoção contida de breves composições limadas com todo o esmero – “O instante”, “Espinosa”, “Everness”, “Sarmiento” – e também a de grandes e complexos poemas como “Limites”, “O Golem”, “Poema conjectural”, e sentirá a habilidade de Borges em nos mergulhar no vasto e infindável rio de tempo, memória e esquecimento, de que é feita nossa curta existência e a mais perdurável matéria da poesia. Aí está Buenos Aires. O tempo, que a outros homenstraz ouro ou traz amor, em mim apenas fundaesta rosa amortecida, esta vã barafundade ruas que repetem os pretéritos nomesde meu sangue: Laprida, Cabrera, Soler, Suarez…[de “A noite cíclica”]

  • Seção
    Ficção
  • Ano de edição
    2009
  • Páginas
    232
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788535915792
  • Peso
    297 gr
  • Formato
    14 × 21 × 1.3 cm
  • Palavras-chave
    Argentina, Contos, Literatura Fantástica, Literatura Latinoamericana

Descrição

A imagem do rio inesgotável que passa e permanece, refletindo um “Heráclito inconstante”, sempre outro e o mesmo, está talvez na raiz desta coletânea. Os motivos do duplo, do tempo e da alteridade são constantes do fluxo intermitente e simbólico em que se transformou a emoção poética para Borges ao longo dos anos – a qual desapareceu para ressurgir em seguida -, reafirmando a vocação do escritor que se considerava sobretudo um poeta.O título serviu-lhe primeiro para designar uma seção da Obra poética, republicada com muitos acréscimos em 1964, depois de longo silêncio, quando de fato a poesia parecia ter se esgotado. Mas logo se viu que não, e a expressão passou a designar quase toda a produção lírica de meados de sua vida, revelando em plena forma a maturidade de um poeta que fora um dos fundadores da tradição moderna da poesia hispano-americana, desde os tempos da vanguarda ultraísta do início do século XX.O leitor terá a surpresa e o prazer de compartilhar a emoção contida de breves composições limadas com todo o esmero – “O instante”, “Espinosa”, “Everness”, “Sarmiento” – e também a de grandes e complexos poemas como “Limites”, “O Golem”, “Poema conjectural”, e sentirá a habilidade de Borges em nos mergulhar no vasto e infindável rio de tempo, memória e esquecimento, de que é feita nossa curta existência e a mais perdurável matéria da poesia. Aí está Buenos Aires. O tempo, que a outros homenstraz ouro ou traz amor, em mim apenas fundaesta rosa amortecida, esta vã barafundade ruas que repetem os pretéritos nomesde meu sangue: Laprida, Cabrera, Soler, Suarez…[de “A noite cíclica”]

Informação adicional

Peso 0,297 kg
Dimensões 1,3 × 14 × 21 cm

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