Descrição
Publicado em 1915 como folhetim pelo jornal A Noite, este romance satírico de Lima Barreto reproduz de forma crítica o ambiente político do governo do marechal Hermes da Fonseca ao contar a história de Numa Pompílio de Castro. Filho de um pequeno empregado e à custa de muito esforço, Numa fez-se bacharel em direito, embora não dispusesse de qualquer pendor ao estudo ou às letras jurídicas. Interessado apenas nos cargos e proventos que o título lhe permitiria alcançar, casa-se com Edgarda Cogominho, filha do chefe da oligarquia local, e elege-se deputado graças à influência do sogro. Reconhecido e empossado, Numa não deu sinal de si durante o primeiro ano e meio de legislatura, enquanto a esposa vive mergulhada em leituras, desgostosa da modéstia intelectual de seu marido. Mas o “genro do Cogominho” surpreende a todos e deixa para trás seu epíteto quando profere na câmara um discurso inesquecível e o casal finalmente recebe a admiração de que se via digno. Além da apresentação de Antonio Arnoni Prado, esta edição inclui ainda como prefácio o artigo de 1917 de João Ribeiro para o jornal carioca O imparcial.
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