Descrição
Parem as rotativas!, eu diria, chamando atenção ao novo livro do repórter Alex Xavier. Ou mandaria um garrafal URGENTE. O nó é que, no jornalismo, uma hora tudo acaba ficando datado. As rotativas andam mais enferrujadas que as latas velhas das nossas ridículas forças armadas. E numa era em que os algoritmos já sabem de manhã o que você vai jantar, nada mais é urgente. Tudo ficou – como pedem os diretores de redação – pra ontem.
O que tem pra hoje? Ficção de pura polpa, baseada em fatos – mas qualquer semelhança é mera coincidência. Em cada conto deste livro, AX foi pautado para um perfil, uma crítica, uma matéria. Porém, o que os sapatos gastos do repórter trouxeram para você não cabe em nenhum veículo de imprensa. Imaginação fervilhante, estilo sagaz e ironia fina; sustos, risadas, eventualmente lágrimas. Narrativas breves que olham a notícia pelo avesso, bordadas com tanta criatividade que nenhum manual de redação aprovaria. Melhor assim. Afinal, nada menos datado do que a prosa de invenção. Só a ficção nos salva. (Ronaldo Bressane)
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