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MOÇA QUASE-VIVA ENRODILHADA NUMA AMOREIRA QUASE MORTA
Evandro Affonso Ferreira
Editora Nós

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A princípio, esse romance parece tratar de amor e desejo – de um poeta que se derrama sobre sua musa em busca de obtê-la e de uma musa que assume seu desejo na ausência do poeta. No entanto, a Literatura visceral de Evandro Affonso Ferreira acontece nas entrelinhas, quando a linguagem – que parece submeter-se às demandas internas das personagens – vai se desvelando, pouco a pouco, para exibir-se nua como verdadeira amante da narrativa. É a palavra a grande personagem desse romance. No início, ela assume um caráter lírico e romântico para, ao longo da obra, flertar com a aridez e o niilismo. Em determinado momento, percebe-se que não são mais as personagens que se servem das palavras para falar de amor, mas o contrário: o ethos da linguagem funda os caminhos amorosos a partir de seus parâmetros, numa vertigem que domina tanto o poeta quanto a musa. Nesse sentido, é a argamassa da prosa poética refinada do autor que faz poeta e musa virarem uma só personagem e amarem-se em tecitura fictícia. Moça quase-viva enrodilhada numa amoreira quase-morta é linguagem-demiurgo do amor e do desejo. Nas reentrâncias das palavras, os amantes se encontram, se despem, se amam, clamam a redenção de suas inquietudes, vicejam a vida como ela poderia ter sido. Então o amor transcende por meio do afeto e da metafísica da linguagem construída com maestria por Evandro.

  • Seção
    Ficção
  • Páginas
    120
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788569020424
  • Peso
    100 gr
  • Formato
    15 × 17 × 1 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Brasileira

Descrição

A princípio, esse romance parece tratar de amor e desejo – de um poeta que se derrama sobre sua musa em busca de obtê-la e de uma musa que assume seu desejo na ausência do poeta. No entanto, a Literatura visceral de Evandro Affonso Ferreira acontece nas entrelinhas, quando a linguagem – que parece submeter-se às demandas internas das personagens – vai se desvelando, pouco a pouco, para exibir-se nua como verdadeira amante da narrativa. É a palavra a grande personagem desse romance. No início, ela assume um caráter lírico e romântico para, ao longo da obra, flertar com a aridez e o niilismo. Em determinado momento, percebe-se que não são mais as personagens que se servem das palavras para falar de amor, mas o contrário: o ethos da linguagem funda os caminhos amorosos a partir de seus parâmetros, numa vertigem que domina tanto o poeta quanto a musa. Nesse sentido, é a argamassa da prosa poética refinada do autor que faz poeta e musa virarem uma só personagem e amarem-se em tecitura fictícia. Moça quase-viva enrodilhada numa amoreira quase-morta é linguagem-demiurgo do amor e do desejo. Nas reentrâncias das palavras, os amantes se encontram, se despem, se amam, clamam a redenção de suas inquietudes, vicejam a vida como ela poderia ter sido. Então o amor transcende por meio do afeto e da metafísica da linguagem construída com maestria por Evandro.

Informação adicional

Peso 0,1 kg
Dimensões 1 × 15 × 17 cm

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