Descrição
“o amor / que o meu corpo / atravessa / pousa somente / no corpo que vislumbro”. além de uma declaração apaixonante de amor, “maravilhas banais” é uma maneira de olhar o humano pela via do humano e transportar pelos tempos uma tortura feminina, historicizando-a dentro de uma visão dinâmica, que busca em momentos ignorados as contradições da situação “romã” – o amor feminino e suas torturas, falando ao mundo do modo como lhe é permitido por cada momento. este volume 12 da coleção cabeça de poeta, série contemporanea (dedicada à produção de poesia brasileira a partir do século 20), celebrando o amor – ou as formas prováveis / possíveis de amor a partir daquilo que é seu mais duro, para alcançar a sua seiva: o seu tutano – celebra, antes de mais nada, uma espécie de resistência; e resistência, por assim dizer, é preservar a vida humana contra seus impulsos de (auto)destruição. é preservar da loucura desmedida os relances de sanidade que nos restam e, portanto, uma serenidade. em seu novo livro de poemas, Micheliny Verunschk se arrisca mais ainda na concisão, na lição do condensamento. uma poeta que sabe que “ademais é preciso obsessiva / e repetidamente / é preciso escrever o teu nome novamente”.
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