Descrição
A ode pindárica encanta poetas românticos. Aforismos de pensadores originários alimentam ensaístas de agora. Conceitos gregos (ser, logos, dialética, ética, política) agitam o pensamento agora. Inquietações de tragedistas atenienses voltam ao palco em peças contemporâneas. Procedimentos narrativos de Homero são reelaborados na prosa de Guimarães Rosa. Do romance, o gênero sem limites, encontram-se prenúncios nas invenções literárias de Platão. O encadeamento de episódios e a imaginação de historiadores como Heródoto, Xenofonte e Plutarco preparam o caminho para o romance histórico. O romance psicológico se anuncia nos conflitos interiores de Sófocles e Eurípedes. O romance de costumes mostra-se embrionariamente na comédia nova e no discurso forense. A sátira de Luciano renova processos narrativos. Petrônio, prosador latino, narra a inquietação urbana em Satyricon. A arte narrativa renasce revigorada, quando, transcorridos séculos, se liberta de tutelas. A epopeia e o romance, o limite e o ilimitado, determinam os polos da invenção. Os gêneros gregos continuam a gerar.
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