Descrição
“Os olhos aguçados, os ouvidos atentos e o corpo presente de bell hooks foram fundamentais para que ela compreendesse que a supremacia branca, as violências patriarcais e sexistas e a misoginia ganhavam materialidade não só na sua, mas na vida de suas alunas negras, mulheres que pareciam só ter a solidão como companhia certa. E foi a partir dessa percepção que ela ajudou a tecer outros sentidos de irmandade com o grupo de apoio ‘Irmãs do Inhame’, formado por mulheres negras que vivenciavam o espaço universitário. O nome escolhido foi uma homenagem ao romance The Salt Eaters, de Toni Bambara, e o reconhecimento da importância do inhame para as comunidades negras em toda a diáspora africana, tendo em vista os poderes curativos desse tubérculo. Este livro nasceu, pois, do caráter quase incontornável da solidão para as mulheres negras (independentemente de sua classe social), mas também de experiências coletivas que buscavam compreender e preencher essa solidão.” Ynaê Lopes dos Santos
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