Descrição
Nesta obra, Milner examina “a hipótese segundo a qual a linguística é uma ciência, no mesmo sentido em que uma ciência da natureza pode ser uma ciência” (p. 16). Para tanto, assume a perspectiva de que se deve aplicar “à linguística os mesmos conceitos que aplicamos às ciências da natureza”(p. 16). Isso não é sem consequência para a linguística nem para o linguista, que não poderá mais ignorar os limites e o alcancede seu fazer no campo das ciências. Não basta dizer que a linguística é uma ciência; é preciso, antes, dizer em que termos ela se configura como ciência. É preciso indagar à linguística sobre o que há, na sua configuração epistêmica, da matematização galileana; sobre o que a torna diferente das antigas práticas da análise gramatical; sobre o que ela delimita como objeto ao dizer “linguagem”, “língua”, “línguas” ou algum outro conceito adotado como objeto de investigação (“fala”, “vernáculo”, “competência”, “língua-I”, “corpus” etc.). Para responder a essas e a inúmeras outras questões que o livro coloca, Milner mergulha profundamente no interior da ciência da linguagem – em especial na versão da chamada Escola de Cambridge e sua vinculação a Noam Chomsky – e produz uma teorização que permite avaliar a relação entre a linguística, em geral, e a produção do conhecimento em matéria de linguagem. Nesse sentido, o livro tem importância para todos os que se dedicam aos estudos linguísticos, independentemente da vinculação teórica específica. Seu alcance é amplo e de grandes proporções. Valdir do Nascimento Flores &Gabriel de Ávila Othero
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