Descrição
UM CONVITE SEDUTOR E IRRESISTíVEL A UM PASSEIO PELO REINO DA BELEZA Se a Beleza está nos olhos de quem vê, é certo que esse olhar é influenciado pelos padrões culturais de quem observa. Afinal, o que é beleza? O que é arte? Gosto se discute? A Beleza deve ser analisada friamente ou livre das amarras da razão? Com a perspicácia e erudição de sempre, Umberto Eco propõe essas indagações em História da beleza, um ensaio sobre as transformações do conceito do Belo através dos tempos. Eco parte do princípio de que o sentido da Beleza é mutável e diverso do sentido do desejo: “O sequioso que ao dar com uma fonte precipita-se para beber não lhe contempla a Beleza. Poderá fazê-lo depois, uma vez satisfeito o seu desejo.” A partir daí, o autor evita as ideias preconcebidas de Beleza para passar em revista tudo aquilo que, em determinada cultura ou época histórica, pareceu agradável à contemplação do homem independentemente do seu desejo. Até o feio, o cruel e o demoníaco merecem contemplação de Umberto Eco, servindo como parâmetros para a existência do Belo. O livro não é uma história da arte nem um estudo de estética, mas vale-se de ambos para delinear a ideia de Beleza desde a Antiguidade até os nossos dias. Em 17 capítulos, dos quais escreveu nove (os outros são de autoria do escritor italiano Girolamo de Michele), Umberto Eco reflete sobre as diversas transformações do conceito de Beleza não apenas no mundo das artes, como em diversas áreas do conhecimento, como a filosofia, a teologia, a ciência, a política e a economia. Além de ser belissimamente ilustrado, a obra se utiliza de uma linguagem absolutamente original e inteligente para discutir conceito tão complexo. Recorrendo a imagens de centenas de obras-primas e a uma vasta antologia de textos – de Pitágoras até os nossos dias –, Eco investiga as múltiplas ideias de Beleza expressadas e discutidas da Grécia antiga até hoje, traçando paralelos que podem parecer um tanto inusitados, como, por exemplo, entre a nudez da Vênus de Millo, do século II A.C., com a da modelo Monica Bellucci, num calendário da Pirelli; ou entre o corpo atlético do Apolo do Belvedere, exibido no Musei Vaticani, em Roma, e os bíceps anabolizados de Arnold Schwarzenegger no filme Comando, antes de o ator se transformar em governador da Califórnia, nos EUA. Caberá aos leitores decidir se a ideia de Beleza conservou ao longo dessas várias manifestações algumas características constantes. De qualquer forma, eles certamente viverão uma apa
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