J. M. Coetzee
Coletânea de ensaios reúne a produção crítica mais recente do premiado escritor sul-africano J. M. Coetzee. Com 23 textos, ela compõe um panorama crítico da literatura mundial, feito por um dos mais renomados autores contemporâneos. Da análise de obras célebres de autores europeus e russos à crítica detalhada de obras produzidas na Argentina, Austrália ou Namíbia, passando por escritores de períodos mais remotos.Ao conceder o Nobel de Literatura a J. M. Coetzee, em 2003, a Academia Sueca elogiou “a composição habilidosa, os diálogos férteis e o brilho analítico” dos romances do escritor sul-africano. Esse rigor que o autor, que completou 80 anos em 2020, aplica a sua obra ficcional está presente nestes ensaios sobre literatura. Neles, o romancista e professor universitário recorre a dados biográficos, correspondências e parentescos literários como instrumentos de análise.Lançado simultaneamente a Mecanismos internos, que contém artigos publicados entre os anos 2000 e 2005, Ensaios recentes reúne sua produção crítica escrita entre 2006 e 2017. Nos 23 textos, destacam-se artigos iluminadores sobre obras que poderiam ser consideradas exauridas de tão célebres, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert, A morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói, e Os sofrimentos do jovem Werther, de J. W. Goethe, ou a obra de escritores de épocas mais remotas, como Daniel Defoe.Neste segundo volume, Coetzee amplia a análise sobre autores que abordou no primeiro, como Robert Walser, Philip Roth e Samuel Beckett. Do último, que foi objeto da pesquisa de doutorado de Coetzee, o volume traz quatro ensaios, dedicados a seus romances. Outro autor estudado pelo escritor no início da carreira e retomado neste livro é Ford Madox Ford, tema de sua dissertação de mestrado no Reino Unido. A seleção conta ainda com um belo ensaio sobre Zama, do argentino Antonio Di Benedetto, traz textos sobre os australianos Patrick White e Les Murray, além de um artigo sobre o interessante diário de Hendrik Witbooi, chefe de um dos grupos Khoisan, povos originários da Namíbia, no qual comenta o processo da ocupação europeia pelo interior do continente africano e seu projeto de genocídio.As capas dos dois volumes, baseadas em composições tipográficas, são de autoria do Estúdio Campo. Os livros saem pelo selo Ilimitada, cujo projeto gráfico é do Bloco Gráfico. A tradução é de Sergio Flaksman e os textos de apresentação são do jornalista Márcio Ferrari. Ambos os volumes trazem índices remissivos com a relação d
Descrição
Coletânea de ensaios reúne a produção crítica mais recente do premiado escritor sul-africano J. M. Coetzee. Com 23 textos, ela compõe um panorama crítico da literatura mundial, feito por um dos mais renomados autores contemporâneos. Da análise de obras célebres de autores europeus e russos à crítica detalhada de obras produzidas na Argentina, Austrália ou Namíbia, passando por escritores de períodos mais remotos.Ao conceder o Nobel de Literatura a J. M. Coetzee, em 2003, a Academia Sueca elogiou “a composição habilidosa, os diálogos férteis e o brilho analítico” dos romances do escritor sul-africano. Esse rigor que o autor, que completou 80 anos em 2020, aplica a sua obra ficcional está presente nestes ensaios sobre literatura. Neles, o romancista e professor universitário recorre a dados biográficos, correspondências e parentescos literários como instrumentos de análise.Lançado simultaneamente a Mecanismos internos, que contém artigos publicados entre os anos 2000 e 2005, Ensaios recentes reúne sua produção crítica escrita entre 2006 e 2017. Nos 23 textos, destacam-se artigos iluminadores sobre obras que poderiam ser consideradas exauridas de tão célebres, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert, A morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói, e Os sofrimentos do jovem Werther, de J. W. Goethe, ou a obra de escritores de épocas mais remotas, como Daniel Defoe.Neste segundo volume, Coetzee amplia a análise sobre autores que abordou no primeiro, como Robert Walser, Philip Roth e Samuel Beckett. Do último, que foi objeto da pesquisa de doutorado de Coetzee, o volume traz quatro ensaios, dedicados a seus romances. Outro autor estudado pelo escritor no início da carreira e retomado neste livro é Ford Madox Ford, tema de sua dissertação de mestrado no Reino Unido. A seleção conta ainda com um belo ensaio sobre Zama, do argentino Antonio Di Benedetto, traz textos sobre os australianos Patrick White e Les Murray, além de um artigo sobre o interessante diário de Hendrik Witbooi, chefe de um dos grupos Khoisan, povos originários da Namíbia, no qual comenta o processo da ocupação europeia pelo interior do continente africano e seu projeto de genocídio.As capas dos dois volumes, baseadas em composições tipográficas, são de autoria do Estúdio Campo. Os livros saem pelo selo Ilimitada, cujo projeto gráfico é do Bloco Gráfico. A tradução é de Sergio Flaksman e os textos de apresentação são do jornalista Márcio Ferrari. Ambos os volumes trazem índices remissivos com a relação d
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