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CHIFRE
Adelaide Ivánova
Macondo

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Estamos no mundo em 2021, e uma crise humanitária, já há muito anunciada, se escancara. Nesse cenário, em meio à angústia e aos destroços, como é possível pensar e fazer poesia? A poeta Adelaide Ivánova não tem uma resposta para essa questão, mas em Chifre, seu quinto livro, parece apontar caminhos para lidar com a situação. Sucessor de 13 nudes, o qual foi classificado pela autora como um “livrinho fofo de amor”, esse novo trabalho retoma alguns dos poemas anteriores e os insere em outro panorama, entre o poema de amor e o poema político. Dividido em três seções temáticas (“raiva, euforia, cansaço”; “writer’s block” e “raiva, esperança, ação”), Chifre é um lugar de possibilidades, e, sobretudo, um convite a uma tomada de posição. “A ideia de chifre veio do nada, enquanto comia cuscuz com ovo, pensando num título que desse conta dessa vontade de retomar o controle da minha vida, pegar o touro pelos cornos, take the bull by the horns. Um chifre é uma coisa linda, com funções maravilhosas para quem o tem. É, ao mesmo tempo, adorno e arma. Mas também é uma coisa cheia de metáforas sobre traição e maledicência — o que botam na gente, o dia do orgulho corno, em Fortaleza tem até sindicato de cornos orgulhosos. Chifre também tem a ver com feitiço, manipulação, satanismo, coisa do capeta. A linguagem política que sai da boca e do gabinete de Bolsonaro, de Damares e toda essa corja vai também nessa linha, de distorção e ridicularização de coisas concretamente importantes — assim, do desejo de oferecer educação sexual nas escolas, nascem mitos como o da mamadeira de piroca. Entenda: mamadeira é útil pra quem gosta, piroca é útil pra quem gosta. Mamadeira de piroca não existe, porque ninguém precisa. Já o chifre: existe, é coisa boa e bonita e útil. E perigosa também. Eu queria fazer jus aos chifres, aos touros, às vacas, aos bois, cabras, antílopes, búfalos, veados, impalas, queria fazer jus aos teimosos, aos que não desistem do amor romântico e aos corações daqueles que teimam em seguir lutando, apesar de tudo.”

  • Seção
    Poesia/Música
  • Ilustração
  • Páginas
    100
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9786588750131
  • Peso
    150 gr
  • Formato
    14 × 21 × 0.7 cm
  • Palavras-chave
    Poesia brasileira

Descrição

Estamos no mundo em 2021, e uma crise humanitária, já há muito anunciada, se escancara. Nesse cenário, em meio à angústia e aos destroços, como é possível pensar e fazer poesia? A poeta Adelaide Ivánova não tem uma resposta para essa questão, mas em Chifre, seu quinto livro, parece apontar caminhos para lidar com a situação. Sucessor de 13 nudes, o qual foi classificado pela autora como um “livrinho fofo de amor”, esse novo trabalho retoma alguns dos poemas anteriores e os insere em outro panorama, entre o poema de amor e o poema político. Dividido em três seções temáticas (“raiva, euforia, cansaço”; “writer’s block” e “raiva, esperança, ação”), Chifre é um lugar de possibilidades, e, sobretudo, um convite a uma tomada de posição. “A ideia de chifre veio do nada, enquanto comia cuscuz com ovo, pensando num título que desse conta dessa vontade de retomar o controle da minha vida, pegar o touro pelos cornos, take the bull by the horns. Um chifre é uma coisa linda, com funções maravilhosas para quem o tem. É, ao mesmo tempo, adorno e arma. Mas também é uma coisa cheia de metáforas sobre traição e maledicência — o que botam na gente, o dia do orgulho corno, em Fortaleza tem até sindicato de cornos orgulhosos. Chifre também tem a ver com feitiço, manipulação, satanismo, coisa do capeta. A linguagem política que sai da boca e do gabinete de Bolsonaro, de Damares e toda essa corja vai também nessa linha, de distorção e ridicularização de coisas concretamente importantes — assim, do desejo de oferecer educação sexual nas escolas, nascem mitos como o da mamadeira de piroca. Entenda: mamadeira é útil pra quem gosta, piroca é útil pra quem gosta. Mamadeira de piroca não existe, porque ninguém precisa. Já o chifre: existe, é coisa boa e bonita e útil. E perigosa também. Eu queria fazer jus aos chifres, aos touros, às vacas, aos bois, cabras, antílopes, búfalos, veados, impalas, queria fazer jus aos teimosos, aos que não desistem do amor romântico e aos corações daqueles que teimam em seguir lutando, apesar de tudo.”

Informação adicional

Peso 0,15 kg
Dimensões 0,7 × 14 × 21 cm

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