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CÁLCIO
Pádua Fernandes
Editora Hedra

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Os poemas que compõem Cálcio, segundo livro de Pádua Fernandes, são polifônicos e dramáticos, no sentido em que buscam acolher um conjunto de ecos de gritos de horror, cacos de uma experiência coletiva traumática que ficaram abafados deliberadamente pela concorrência de outras vozes, de mais amplo timbre e que se valem da ampliação do aparelho de propaganda do Estado.São poemas de inflexão civil, que abandonam o investimento na expressão de um sujeito fraturado, tão própria da lírica moderna, em favor de um compromisso público: ecoar nomes e corpos, devolver-lhes o cálcio que lhes estruturara cada passo.Trata-se portanto de um projeto que assume seu lugar de observador da cena trágica, recém-devolvida ao palco da história do país pelos trabalhos da Comissão da Verdade, de que o autor participou, ainda inacabada e cheia de lacunas e zonas de indistinção.Como disse Beckett, Os mortos morrem mal. Os poemas de Cálcio são contra, contra a morte escusa, fria, emparedada, contra essa morte que não é muda, mas prefere não declarar nada, Pádua Fernandes abre suas janelas para fora das jaulas, mordaças e choques e deixa o ar entrar, com a luz que devolve às coisas seu contorno.

  • Seção
    Poesia/Música
  • Ano de edição
    2015
  • Páginas
    104
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788577154081
  • Peso
    127 gr
  • Formato
    14 × 21 × 0.6 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Brasileira, Poesia

Descrição

Os poemas que compõem Cálcio, segundo livro de Pádua Fernandes, são polifônicos e dramáticos, no sentido em que buscam acolher um conjunto de ecos de gritos de horror, cacos de uma experiência coletiva traumática que ficaram abafados deliberadamente pela concorrência de outras vozes, de mais amplo timbre e que se valem da ampliação do aparelho de propaganda do Estado.São poemas de inflexão civil, que abandonam o investimento na expressão de um sujeito fraturado, tão própria da lírica moderna, em favor de um compromisso público: ecoar nomes e corpos, devolver-lhes o cálcio que lhes estruturara cada passo.Trata-se portanto de um projeto que assume seu lugar de observador da cena trágica, recém-devolvida ao palco da história do país pelos trabalhos da Comissão da Verdade, de que o autor participou, ainda inacabada e cheia de lacunas e zonas de indistinção.Como disse Beckett, Os mortos morrem mal. Os poemas de Cálcio são contra, contra a morte escusa, fria, emparedada, contra essa morte que não é muda, mas prefere não declarar nada, Pádua Fernandes abre suas janelas para fora das jaulas, mordaças e choques e deixa o ar entrar, com a luz que devolve às coisas seu contorno.

Informação adicional

Peso 0,127 kg
Dimensões 0,6 × 14 × 21 cm

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