Descrição
Bate um coração é um livro em transição. Um livro lindo, emocionante, corajoso, entre gêneros, no sentido polissêmico dessa ideia. É um exercício de liberdade literária e existencial: ser livre para escrever segundo seu desejo, para existir segundo seu desejo. E segundo seu direito, porque I Acevedo é um militante, que luta pelo direito de amar e de escrever sobre seu amor. Nas palavras de Louise Labé, poeta que viveu no século XVI: “o maior prazer que existe depois do amor é falar dele”.
Quase 400 anos depois, corpos dissidentes ainda sofrem e lutam para poder viver suas emoções ao seu prazer e risco. “Ser mãe, tornar-me lésbica, não ser mais mulher foram experiências que abriram as minhas emoções”, escreve I, arriscando-se nessa abertura com uma inteligência e uma generosidade voltadas para uma aposta no viver junto, que se mostra na própria origem dos textos, escritos, em sua maioria, para serem lidos em espaços públicos, frequentemente ligados à militância transfeminista, como performances em que processo e resultado da escrita se indiferenciam. (Paloma Vidal)
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