J. A. Dias Lopes
Os portugueses dizem ter catalogadas 1001 maneiras de preparar o bacalhau, embora não se interessem em conferir a conta. Nem precisam. São os recordistas mundiais no consumo per capita desse peixe salgado e seco. Mas a Espanha, a Itália e o Brasil também colecionam receitas de bacalhau, como mostra este livro apetitoso do jornalista, colunista e escritor gastronômico J. A. Dias Lopes. Trata-se de um alimento precioso, saboreado com prazer no mundo laicizante de hoje, mas que ingressou na dieta dos países europeus, com Portugal no leme, por motivos religiosos e econômicos. A Igreja Católica do passado recomendava a abstinência de carne como forma de penitência para recordar o amor de Cristo, crucificado pela humanidade. Daí apontar os dias do ano nos quais os fiéis deviam substituí-la pelas comidas à base de peixe. Eram tantos dias que a carne fi cava banida da mesa em quase um quarto do ano. Além disso, por muito tempo o bacalhau teve preço acessível às pessoas menos abonadas e, por ser desidratado e seco, chegava em perfeitas condições às populações do remoto interior. Também alimentou os marinheiros na Era das Grandes Navegações – e aqui os portugueses voltam à boleia. Podendo ser armazenado sem estragar por longo período de tempo, converteu-se em alimento precioso das naus e caravelas lusitanas. Para completar, o peixe adapta-se a todos os cozimentos e dele se aproveita tudo: lombo, língua, bochechas, lascas, aparas, pele, barbatanas, rabo, nadadeiras e ovas. Mesmo salgado e seco, preserva todos os nutrientes e, ao ser reidratado, torna-se mais saboroso do que os demais peixes submetidos ao mesmo processo de conservação. E, melhor ainda, pode originar receitas imperdíveis, como as publicadas neste livro.
Descrição
Os portugueses dizem ter catalogadas 1001 maneiras de preparar o bacalhau, embora não se interessem em conferir a conta. Nem precisam. São os recordistas mundiais no consumo per capita desse peixe salgado e seco. Mas a Espanha, a Itália e o Brasil também colecionam receitas de bacalhau, como mostra este livro apetitoso do jornalista, colunista e escritor gastronômico J. A. Dias Lopes. Trata-se de um alimento precioso, saboreado com prazer no mundo laicizante de hoje, mas que ingressou na dieta dos países europeus, com Portugal no leme, por motivos religiosos e econômicos. A Igreja Católica do passado recomendava a abstinência de carne como forma de penitência para recordar o amor de Cristo, crucificado pela humanidade. Daí apontar os dias do ano nos quais os fiéis deviam substituí-la pelas comidas à base de peixe. Eram tantos dias que a carne fi cava banida da mesa em quase um quarto do ano. Além disso, por muito tempo o bacalhau teve preço acessível às pessoas menos abonadas e, por ser desidratado e seco, chegava em perfeitas condições às populações do remoto interior. Também alimentou os marinheiros na Era das Grandes Navegações – e aqui os portugueses voltam à boleia. Podendo ser armazenado sem estragar por longo período de tempo, converteu-se em alimento precioso das naus e caravelas lusitanas. Para completar, o peixe adapta-se a todos os cozimentos e dele se aproveita tudo: lombo, língua, bochechas, lascas, aparas, pele, barbatanas, rabo, nadadeiras e ovas. Mesmo salgado e seco, preserva todos os nutrientes e, ao ser reidratado, torna-se mais saboroso do que os demais peixes submetidos ao mesmo processo de conservação. E, melhor ainda, pode originar receitas imperdíveis, como as publicadas neste livro.
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