Descrição
Antonia Nayane está sempre a cerzir – mesmo quando lhe falta a agulha, a linha, o pano. Sua poética viva e constante tece a trama do solo, da pele, do passado, do erotismo, das águas de uma Amazônia calada e intempestiva. Não será tarefa simples desvendar o que nos prepara Antonia, haja vista a posição que tomamos diante de seus escritos: abandonamos o lugar-comum reservado aos leitores românticos e nos tornamos detalhes à paisagem, pequenas substâncias às bordas do abismo, testemunhando a costura das palavras desse livro, uma a uma, como fundamentos decisivos de uma linguagem cicatriz, ponte-limite entre o rasgo e a restauração.
(Texto da orelha escrito por Paloma Franca Amorim, escritora, dramaturga, professora da Escola Livre de Teatro de Santo André)
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