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A VIDA DOS OUTROS E A MINHA
Claudia Cavalcanti
Cultura e Barbárie

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Uma estudante brasileira às voltas com a polícia secreta alemã-oriental A vida dos outros e a minha mistura relato pessoal com uma pitada de suspense Escrito a partir do momento em que solicita aos arquivos alemães documentos que a Stasi teria produzido sobre ela, para ser finalizado depois que tem acesso a esses documentos, A vida dos outros e a minha narra a experiência de uma jovem brasileira atrás da Cortina de Ferro, estudante na Alemanha Oriental; reflete sobre essa experiência incomum à luz da maturidade; e reverbera a espera pelo dossiê em meio a outra espera: o fim da pandemia. O relato, batizado pela autora de autoensaio, vem ilustrado com fotografias da época e referências literárias pessoais, que acabam por traçar um arco entre os anos 80 e os dias de hoje e por revelar um mundo, nos anos 80, que poucos brasileiros conheceram ou sobre o qual só ouviram falar em romances e filmes policiais. O leitor encontra em A vida dos outros e a minha um texto fluido, que combina autobiografia, reportagem e reflexão – com a pitada de suspense proporcionada pela polícia secreta alemã-oriental. Claudia Cavalcanti (Recife, 1963) é germanista, editora e tradutora. Organizou e traduziu autores como Ingeborg Bachmann, Paul Celan, Rainer Maria Rilke, Georg Trakl e outros poetas expressionistas. “Não é difícil pedir de volta seu pedaço de vida roubado pela Stasi. Fiz meu requerimento em 13 de março de 2019, enviando pelo correio cópia autenticada de meu diploma de Germanista, como prova de residência em Leipzig. Ao pedido acrescentei alguns dados que poderiam acelerar a resposta, que de fato não demorou a chegar (apesar de minha impressão oposta), aceitando meu requerimento. Por email, a funcionária fez determinada pergunta para facilitar a pesquisa – ou para que se assegurassem de que eu era eu mesma. Aproveitei e quis saber a duração desse trâmite. Prometeram-me uma resposta dois meses depois e explicaram o passo a passo previsto pela Lei. Outra vantagem que o tempo traz é a prática da paciência. Mas se não é difícil pedir seus documentos da Stasi, não é fácil esperar para, pelo menos, saber se eles existem – o que sempre considerei muito provável. Convenhamos: uma ocidental chega para estudar na segunda maior universidade daquele país, com grande contingente de estrangeiros. Que resposta se poderia esperar?”

  • Ilustração
  • Páginas
    112
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9786587529110
  • Palavras-chave
    Alemanha, Alemanha Oriental, Autobiografia

Descrição

Uma estudante brasileira às voltas com a polícia secreta alemã-oriental A vida dos outros e a minha mistura relato pessoal com uma pitada de suspense Escrito a partir do momento em que solicita aos arquivos alemães documentos que a Stasi teria produzido sobre ela, para ser finalizado depois que tem acesso a esses documentos, A vida dos outros e a minha narra a experiência de uma jovem brasileira atrás da Cortina de Ferro, estudante na Alemanha Oriental; reflete sobre essa experiência incomum à luz da maturidade; e reverbera a espera pelo dossiê em meio a outra espera: o fim da pandemia. O relato, batizado pela autora de autoensaio, vem ilustrado com fotografias da época e referências literárias pessoais, que acabam por traçar um arco entre os anos 80 e os dias de hoje e por revelar um mundo, nos anos 80, que poucos brasileiros conheceram ou sobre o qual só ouviram falar em romances e filmes policiais. O leitor encontra em A vida dos outros e a minha um texto fluido, que combina autobiografia, reportagem e reflexão – com a pitada de suspense proporcionada pela polícia secreta alemã-oriental. Claudia Cavalcanti (Recife, 1963) é germanista, editora e tradutora. Organizou e traduziu autores como Ingeborg Bachmann, Paul Celan, Rainer Maria Rilke, Georg Trakl e outros poetas expressionistas. “Não é difícil pedir de volta seu pedaço de vida roubado pela Stasi. Fiz meu requerimento em 13 de março de 2019, enviando pelo correio cópia autenticada de meu diploma de Germanista, como prova de residência em Leipzig. Ao pedido acrescentei alguns dados que poderiam acelerar a resposta, que de fato não demorou a chegar (apesar de minha impressão oposta), aceitando meu requerimento. Por email, a funcionária fez determinada pergunta para facilitar a pesquisa – ou para que se assegurassem de que eu era eu mesma. Aproveitei e quis saber a duração desse trâmite. Prometeram-me uma resposta dois meses depois e explicaram o passo a passo previsto pela Lei. Outra vantagem que o tempo traz é a prática da paciência. Mas se não é difícil pedir seus documentos da Stasi, não é fácil esperar para, pelo menos, saber se eles existem – o que sempre considerei muito provável. Convenhamos: uma ocidental chega para estudar na segunda maior universidade daquele país, com grande contingente de estrangeiros. Que resposta se poderia esperar?”

Informação adicional

Dimensões 14 × 21 cm

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