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A GREVE DE 1917
José Luiz Del Roio
Alameda

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Um protesto iniciado em uma tecelagem, no bairro paulistano da Mooca, há um século, marcou definitivamente a luta dos trabalhadores em nosso país.
As condições de vida eram tremendamente precárias. Não havia leis trabalhistas, não havia garantias para as mulheres e o trabalho infantil era regra, por ser mais barato e mais fácil de controlar.
Numa conjuntura de guerra, crise econômica e carestia, a inquietação localizada se espalhou. O patronato respondeu com os argumentos desempre: pau, bala e demissões. Mas, daquela vez, a agressão não funcionou. A revolta se espalhou por outras fábricas e pelo comércio. Quando os bondes pararam, São Paulo parou junto. Multidões tomaram as ruas, em cenas inéditas até então. Para a oligarquia, plantada em seus casarões da Avenida Paulista e no bairro de Higienópolis, a visão foi aterradora. Dezenas de milhares daqueles considerados feios, sujos e malvados surgiram à luz do dia, entre junho e julho de 1917, paracobrar uma participação mínima por sua contribuição ao desenvolvimento. Nem mesmo a brutalidade oficial deteve aquela gente munida de impulsos terríveis: o desejo de matar fome, ter teto e contar com condições para criar os filhos. A pressão das ruas foi tamanha que os ricos tiveram de ceder. A demanda por salários e melhores condições de vida e trabalho acaba espetacularmente vitoriosa.

  • Seção
    Ensaios/Humanidades
  • Ilustração
  • Páginas
    130
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788579394775
  • Peso
    200 gr
  • Formato
    14 × 21 × 1 cm

Descrição

Um protesto iniciado em uma tecelagem, no bairro paulistano da Mooca, há um século, marcou definitivamente a luta dos trabalhadores em nosso país.
As condições de vida eram tremendamente precárias. Não havia leis trabalhistas, não havia garantias para as mulheres e o trabalho infantil era regra, por ser mais barato e mais fácil de controlar.
Numa conjuntura de guerra, crise econômica e carestia, a inquietação localizada se espalhou. O patronato respondeu com os argumentos desempre: pau, bala e demissões. Mas, daquela vez, a agressão não funcionou. A revolta se espalhou por outras fábricas e pelo comércio. Quando os bondes pararam, São Paulo parou junto. Multidões tomaram as ruas, em cenas inéditas até então. Para a oligarquia, plantada em seus casarões da Avenida Paulista e no bairro de Higienópolis, a visão foi aterradora. Dezenas de milhares daqueles considerados feios, sujos e malvados surgiram à luz do dia, entre junho e julho de 1917, paracobrar uma participação mínima por sua contribuição ao desenvolvimento. Nem mesmo a brutalidade oficial deteve aquela gente munida de impulsos terríveis: o desejo de matar fome, ter teto e contar com condições para criar os filhos. A pressão das ruas foi tamanha que os ricos tiveram de ceder. A demanda por salários e melhores condições de vida e trabalho acaba espetacularmente vitoriosa.

Informação adicional

Peso 0,2 kg
Dimensões 1 × 14 × 21 cm

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