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A ESTREITA ARTÉRIA DAS COISAS
Rafael Zacca
Garupa

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Primeiro livro de Rafael Zacca, A estreita artéria das coisas é um livro comum. Ou melhor: um livro sobre o comum. Digo comum no sentido de algo corriqueiro, da ordem do menor. Frequente. Ordinário. Para alguns, isso poderia conflitar com uma ideia geral de poesia como algo excepcional, alheia à vida cotidiana. Ou então, mais recorrente, conflitar com uma ideia de poesia como fruto de uma vida cotidiana excepcional, repleta de viagens, europeia, uma vida com qualidade, calma e limpa, cheia de boas leituras, de encontros fortuitos, mas maravilhosos. E conflita. Porque sendo o livro de Zacca um livro de poesia comum e sobre o comum, imbui à figura do poeta seu lugar de pessoa qualquer – moradora do subúrbio, com contas atrasadas, brigas entre amigos, sem nada para se vangloriar. O que toca no rádio é Agepê, Tim Maia, Raça Negra. Nada de Philip Glass. Mas é também um livro comum enquanto feito a partir daquilo que temos em comum, a partir do espaço onde se constrói uma comunidade, onde se articula um nós. Entendendo a vida como algo que obrigatoriamente se compartilha, essa acepção de comum repousa na investigação dos afetos que viabilizam ou não a construção de uma convivência. Aqui, ao rés do chão de uma cidade latino-americana, nos bairros feios, os amigos se quebraram quando eram crianças. Aqui, se ensaia uma comunidade de quebrados. Dividido em quatro seções, A estreita artéria das coisas parte dessas duas acepções de comum para investigar o amor, a família, a infância e outras coisas. Rafael Zacca é poeta e crítico. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1987. É doutorando em Filosofia, pela PUC-Rio, com tese sobre uma teoria do poema em Walter Benjamin. Colabora como crítico com o jornal Rascunho e com a revista Escamandro. É co-articulador da Oficina Experimental de Poesia.

  • Ilustração
  • Páginas
    112
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788559860108
  • Peso
    200 gr

Descrição

Primeiro livro de Rafael Zacca, A estreita artéria das coisas é um livro comum. Ou melhor: um livro sobre o comum. Digo comum no sentido de algo corriqueiro, da ordem do menor. Frequente. Ordinário. Para alguns, isso poderia conflitar com uma ideia geral de poesia como algo excepcional, alheia à vida cotidiana. Ou então, mais recorrente, conflitar com uma ideia de poesia como fruto de uma vida cotidiana excepcional, repleta de viagens, europeia, uma vida com qualidade, calma e limpa, cheia de boas leituras, de encontros fortuitos, mas maravilhosos. E conflita. Porque sendo o livro de Zacca um livro de poesia comum e sobre o comum, imbui à figura do poeta seu lugar de pessoa qualquer – moradora do subúrbio, com contas atrasadas, brigas entre amigos, sem nada para se vangloriar. O que toca no rádio é Agepê, Tim Maia, Raça Negra. Nada de Philip Glass. Mas é também um livro comum enquanto feito a partir daquilo que temos em comum, a partir do espaço onde se constrói uma comunidade, onde se articula um nós. Entendendo a vida como algo que obrigatoriamente se compartilha, essa acepção de comum repousa na investigação dos afetos que viabilizam ou não a construção de uma convivência. Aqui, ao rés do chão de uma cidade latino-americana, nos bairros feios, os amigos se quebraram quando eram crianças. Aqui, se ensaia uma comunidade de quebrados. Dividido em quatro seções, A estreita artéria das coisas parte dessas duas acepções de comum para investigar o amor, a família, a infância e outras coisas. Rafael Zacca é poeta e crítico. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1987. É doutorando em Filosofia, pela PUC-Rio, com tese sobre uma teoria do poema em Walter Benjamin. Colabora como crítico com o jornal Rascunho e com a revista Escamandro. É co-articulador da Oficina Experimental de Poesia.

Informação adicional

Peso 0,2 kg

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