Descrição
No princípio era uma bíblia cor-de-rosa, a origem de tudo reescrita. E aí tem: Björk, libélula, incenso, Tetine feat. Claudia Wonder, bombom belga, caminhada no Himalaia, trepadas com rapazes de todo canto, desfile do Lino Villaventura, Dr. Martens, Torre do Dr. Zero, crianças malignas fazendo bullying, criança viada que se vinga, bicha bonita, bicha maluca, uns vinte e cinco países, Campinas, pagers e longos downloads de música, fantasmas, Zelda Fitzgerald, sexo na rua e falta de sexo, drogas e prostituição, Cher, Cake, New Order, Moloko, Cássia Eller, uma história de amor das mais bonitas que já se viu, escolas abandonadas, Leonilson, bambolês de fogo. Tem poema-desenho, poema-ficha de necrotério, poema-tweet, poema com verso, sem verso, com e sem verso. Tem fantasmas de punks e de neobarrocos. Tem um poeta que, como ele mesmo me disse, escreve para fazer amigos, ter companhia, dividir coisas, receber em casa e entreter. É isso: ler “24” é como entrar na vida de Hugo Lorenzetti Neto, mas trazendo a própria vida junto. É como pensar que entrou na vida do Hugo e sair com sua própria vida. Também é como voltar aos anos 90 e trazer tudo para hoje e pensar na História que se insinua em uma vida. É conhecer mais uma visão do que é ser gay, queer, como tentar manter o glitter brilhando no escuro, como dançar depois que acaba a música. Porque uma hora a música volta, a música volta com todo brilho. Quando ela voltar, Hugo e todo mundo que entrar em “24” vão estar prontos.
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