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MEUS POEMAS NÃO MUDARÃO O MUNDO
Patrizia Cavalli
Jabuticaba

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Este pequeno livro, o primeiro de tantos publicados pela poeta italiana Patrizia Cavalli, é de 1974. Anos 70, portanto, e de dentro dessa década, marcadamente ideológica na Itália, surge uma poesia feita de outras urgências. Mais do que históricas – embora também o sejam – essas urgências são fruto da necessidade de dar forma a pensamentos que parecem passar voando, ainda que se saiba que existam porque se dão ali e agora no poema. Quase-filosofia ou quase-poesia, simulando, disfarçando a matéria literária ou o conceito pela escolha precisa daquilo que é mais vivo na língua. Uma poesia veloz que parece canto, falada e falável, que se constrói numa musicalidade verbal elaborada, mesmo quando soa como muito simples. Feita de palavras que vêm da rua, de uma cidade, de uma casa com seus amores e tristezas: o barulho dos dedos que correm pelo corrimão; o tempo da ansiedade ao subir os degraus para chegar à casa onde alguém nos espera. A poesia aflora com a concisão do aforismo – Para descansar penteio os cabelos quem fez fez e quem não fez fará. Cavalli ainda dedica o livro para Elsa, a conhecida romancista e poeta Elsa Morante. Assim se insinuaria, nas entrelinhas deste livro, o embate entre o mundo menor, da pequena história onde circula a poesia-reflexão da Cavalli, e o mundo da História, onde, ao invés, se instalaria a poesia da Morante. Os versos que abrem a coletânea, e que dão nome ao livro, trazem uma pergunta: meus poemas não mudarão o mundo? Com humor e ironia, desvenda-se a falsa questão: dificilmente quem leu essa poesia se sentirá, ao final da leitura, o mesmo de antes.

  • Seção
    Poesia/Música
  • Ano de edição
    2021
  • Páginas
    126
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9786500186130
  • Palavras-chave
    Literatura Brasileira, Poesia

Descrição

Este pequeno livro, o primeiro de tantos publicados pela poeta italiana Patrizia Cavalli, é de 1974. Anos 70, portanto, e de dentro dessa década, marcadamente ideológica na Itália, surge uma poesia feita de outras urgências. Mais do que históricas – embora também o sejam – essas urgências são fruto da necessidade de dar forma a pensamentos que parecem passar voando, ainda que se saiba que existam porque se dão ali e agora no poema. Quase-filosofia ou quase-poesia, simulando, disfarçando a matéria literária ou o conceito pela escolha precisa daquilo que é mais vivo na língua. Uma poesia veloz que parece canto, falada e falável, que se constrói numa musicalidade verbal elaborada, mesmo quando soa como muito simples. Feita de palavras que vêm da rua, de uma cidade, de uma casa com seus amores e tristezas: o barulho dos dedos que correm pelo corrimão; o tempo da ansiedade ao subir os degraus para chegar à casa onde alguém nos espera. A poesia aflora com a concisão do aforismo – Para descansar penteio os cabelos quem fez fez e quem não fez fará. Cavalli ainda dedica o livro para Elsa, a conhecida romancista e poeta Elsa Morante. Assim se insinuaria, nas entrelinhas deste livro, o embate entre o mundo menor, da pequena história onde circula a poesia-reflexão da Cavalli, e o mundo da História, onde, ao invés, se instalaria a poesia da Morante. Os versos que abrem a coletânea, e que dão nome ao livro, trazem uma pergunta: meus poemas não mudarão o mundo? Com humor e ironia, desvenda-se a falsa questão: dificilmente quem leu essa poesia se sentirá, ao final da leitura, o mesmo de antes.

Informação adicional

Dimensões 14 × 21 cm

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