Descrição
Para alguns a chuva é benção. Quando ela chega saudando o “inverno” nordestino é sinal que a colheita está salva, que os açudes voltarão a encher e que a vida prosseguirá nos rios fecundando a terra seca. Para outros ela chega sem avisar e com a força da tragédia. Chuvas de verão cada vez mais violentas fazem o povo do Sudeste olhar com medo para o céu no começo de cada novo ano. Em Angola, Ombela é uma deusa que, ao chorar de tristeza, fez nascer a chuva. Mas para que ela não fizesse mal aos que vivem na terra, Ombela resolveu chorar apenas nos mares. Nem sempre é tempo de estar alegre e até os deuses têm seus dias ruins. O pai de Ombela ensina que chorar pode ser bom e que a alegria pode fazer surgir um outro tipo de lágrima. Hora para sorrir e hora para chorar. Ombela aprende que há tempo para tudo e com a ajuda de seu pai, suas lágrimas doces e salgadas encontram outros lugares para ir todos os dias. Com Ombela, em 2011, o escritor angolano Ondjaki recebeu o Prêmio Caxinde do Conto Infantil.
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