Descrição
Pequeno mundo antigo, considerada a obra-prima do escritor italiano Antonio Fogazzaro (1842-1911), tem os habitantes de Valsolda, vila à beira do lago de Lugano, no centro de narrativa que explora as transformações vividas pelos habitantes da região no período das guerras nacionalistas contra os austríacos.No primeiro plano do romance está a história do amor proibido entre Franco Maironi, jovem católico de ideias liberais, membro de uma família nobre importante da região, e Luisa Rigey, plebeia e agnóstica. Os dois lutam para se casar, enfrentando a oposição da avó do rapaz, a marquesa Orsola. O livro os acompanha entre 1848, quando a península Itálica ainda vivia os efeitos da derrota de sua primeira tentativa de independência do domínio austríaco, e 1859, data do início da segunda guerra, que resultaria na criação do reino da Itália, em 1861.Fogazzaro revela ao leitor as entranhas dessa província no norte da Península Itálica, descrevendo os dialetos, modos, gestos, paisagens, hábitos e histórias de vida de seus moradores, que entram aos poucos no texto. A narrativa, descrita pelo próprio autor como “um romance íntimo, doméstico, cheio de fragrâncias da dor, do amor abençoado por Deus, do sentimento doméstico, da poesia da infância e da velhice”, conduz o leitor a observar as transformações inevitáveis nesse “pequeno mundo antigo”, no qual os personagens dividem com Franco e Luisa as agruras da trajetória que é deles e é da Itália também.Pequeno mundo antigo, de 1895, é um dos quatro romances deixados pelo escritor Antonio Fogazzaro, poeta e senador do reino da Itália, indicado diversas vezes ao Nobel de Literatura. Em 1941, o livro foi adaptado para o cinema por Mario Soldati, em filme que se tornou um clássico do cinema italiano.A edição da CARAMBAIA conta com a tradução de Ivone Benedetti e um posfácio escrito pela historiadora e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ana Nemi. O projeto gráfico do livro, assinado pela Tuut Design, explora o conceito de transição trazido no romance por meio da tipografia, que evolui conforme a história se desenvolve. Na capa, a tela Il bacio, de Francesco Hayez, de 1859 é representada a partir de um recorte, que transforma a cena original do beijo em um ato quase violento, rementendo às contrastantes visões sobre o período do Risorgimento.
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