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O último verão
Ricarda Huch
Carambaia

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Publicado em 1910, o livro foi criado em resposta a uma brincadeira em família, que desafiou Huch a escrever uma história de detetive. Ela encarou a aposta e criou um romance, em formato epistolar, que se passa na Rússia pré-revolucionária. Um tempo conturbado que contrasta com sua ambientação, uma casa de campo à qual a família do governador do Estado, Yegor Rasimkara, se recolhe em busca de tranquilidade e segurança. O governador tinha acabado de mandar fechar a Universidade de São Petersburgo para calar os protestos estudantis. Liu, um homem culto e observador, é chamado pela esposa de Yegor para protegê-lo em sua casa. No entanto, ele é secretamente um militante anarquista que planeja matá-lo.

Tudo isso é revelado logo no início. O romance se desenrola a partir daí em clima de tensão permanente, por meio de cartas trocadas entre Liu e um correligionário e entre os membros da família Rasimkara. Liu exerce sobre todos uma atração fora do comum, com “aqueles estranhos olhos cinzentos, que parecem penetrar em todos os corpos”, no dizer da matriarca. A família tem três filhos: Velia, um jovem piadista e despreocupado, e as irmãs Jessika e Katia, cheias de energia. Jessika se apaixona por Liu, e Katia fica enciumada, tornando-se a única voz crítica a Liu no núcleo familiar, o que não chega a abalar a situação confortável do forasteiro.

Huch explora os medos e a violência surda da época retratada, em particular nas cartas de fundo político de Liu para seu parceiro de conspiração. Há uma nova ordem em gestação, e todos os personagens, de um modo ou de outro, intuem uma revolução a caminho. Liu reconhece a austeridade e a seriedade intelectual de sua possível vítima, mas considera que um ato de violência é necessário para os objetivos de seu grupo. É perceptível no estilo da autora o fascínio pelo conflito iminente. “Nasci protestante, com uma tendência para revolução e rebeliões”, escreveu Huch em sua autobiografia. Uma prova do impacto histórico e literário de O último verão é que houve duas adaptações para o cinema, na Alemanha em 1954 e na Suécia em 1990.

  • Páginas
    144
  • Encadernação
    ENCADERNADO
  • ISBN
    9786554610186
  • Peso
    318 gr
  • Formato
    14.6 × 23.7 × 1.6 cm

Descrição

Publicado em 1910, o livro foi criado em resposta a uma brincadeira em família, que desafiou Huch a escrever uma história de detetive. Ela encarou a aposta e criou um romance, em formato epistolar, que se passa na Rússia pré-revolucionária. Um tempo conturbado que contrasta com sua ambientação, uma casa de campo à qual a família do governador do Estado, Yegor Rasimkara, se recolhe em busca de tranquilidade e segurança. O governador tinha acabado de mandar fechar a Universidade de São Petersburgo para calar os protestos estudantis. Liu, um homem culto e observador, é chamado pela esposa de Yegor para protegê-lo em sua casa. No entanto, ele é secretamente um militante anarquista que planeja matá-lo.

Tudo isso é revelado logo no início. O romance se desenrola a partir daí em clima de tensão permanente, por meio de cartas trocadas entre Liu e um correligionário e entre os membros da família Rasimkara. Liu exerce sobre todos uma atração fora do comum, com “aqueles estranhos olhos cinzentos, que parecem penetrar em todos os corpos”, no dizer da matriarca. A família tem três filhos: Velia, um jovem piadista e despreocupado, e as irmãs Jessika e Katia, cheias de energia. Jessika se apaixona por Liu, e Katia fica enciumada, tornando-se a única voz crítica a Liu no núcleo familiar, o que não chega a abalar a situação confortável do forasteiro.

Huch explora os medos e a violência surda da época retratada, em particular nas cartas de fundo político de Liu para seu parceiro de conspiração. Há uma nova ordem em gestação, e todos os personagens, de um modo ou de outro, intuem uma revolução a caminho. Liu reconhece a austeridade e a seriedade intelectual de sua possível vítima, mas considera que um ato de violência é necessário para os objetivos de seu grupo. É perceptível no estilo da autora o fascínio pelo conflito iminente. “Nasci protestante, com uma tendência para revolução e rebeliões”, escreveu Huch em sua autobiografia. Uma prova do impacto histórico e literário de O último verão é que houve duas adaptações para o cinema, na Alemanha em 1954 e na Suécia em 1990.

Informação adicional

Peso 0,318 kg
Dimensões 1,6 × 14,6 × 23,7 cm

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