Descrição
“minha avó roubava leite/ pra dar aos filhos/ porque seus peitos empedraram/ porque a sequidão é a sina/ das mulheres da família”, escreve a poeta Bruna Mitrano em seu segundo livro — o primeiro pela Companhia das Letras.
Com sensibilidade brutal e contundente, Ninguém quis ver aprofunda reflexões sobre a vida à margem, condição relacionada à desigualdade de gênero, mas também ao contexto geográfico e social. Nascida na periferia do Rio de Janeiro, Bruna Mitrano faz parte de uma nova geração de autoras que têm reinventado a linguagem poética.
Para a professora e crítica literária Heloisa Buarque de Hollanda, que assina a orelha do volume, a poeta “consagra-se como uma das grandes revelações da poesia contemporânea e da poesia de mulheres, que veio com força para desafiar uma realidade que ‘ninguém quer ver’ e, assim, construir outro futuro”.
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