Descrição
O caos social, cultural e político instaurado a partir da eleição de governantes extremistas vem demonstrando que os parâmetros do século XX para compreender noções como golpe de Estado, democracia, ditadura e eleições livres carecem de atualização. Como democracias consolidadas puderam se mostrar tão vulneráveis? Como as novas dinâmicas da comunicação ajudaram a vilanizar e perseguir organizações não governamentais, universidades, instituições de direitos humanos e veículos de imprensa — e também as pessoas físicas que os representam?
Os pesquisadores do LAUT – Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo, instituição que desde a sua fundação, em 2019, monitora a ascensão do extremismo, compilam neste livro dados de organizações internacionais de observação do ambiente democrático e expõem as táticas dos regimes autocráticos de Viktor Orbán na Hungria, Narendra Modi na Índia, Andrzej Duda na Polônia, Recep Erdogan na Turquia — e também de Bolsonaro, ainda que o caso brasileiro seja uma feliz exceção de um processo suspenso de autocratização. Se a reeleição e a consequente consolidação da autocracia não aconteceram no Brasil de 2022, os atos de 8 de janeiro de 2023 deram prova de que o extremismo não se dobra a derrotas eleitorais. Por isso, a responsabilização pelos ataques aos Poderes e à democracia resta como “medida fundamental” para interromper ocaminho da autocracia na política brasileira.
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