Descrição
Da mesma geração de Paulo Leminski, Hilda Hilst, Roberto Piva e Adélia Prado, sua obra se destaca e se diferencia por um alto rigor unido a uma particular beleza áspera, que a tornam, contra a passagem do tempo, cada vez mais contemporânea. Isto é, cada vez mais fundamental para poesia e o tempo presente.
A publicação pela Hedra de sua Poesia completa [organizada e apresentada pelo poeta e crítico literário Luis Dolhnikoff] reafirma e reforça esta condição. A paulista Orides Fontela surgiu na cena literária da segunda metade do século XX descoberta pelo crítico e professor da USP Davi Arrigucci Jr., que em seguida apresentaria sua obra a Antonio Candido. Dessa descoberta resultaria seu primeiro livro, Transposição [1969], seguido de Helianto [1973], Alba [1983? Prêmio Jabuti], Rosácea [1986] e Teia [premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte], compondo uma obra cada vez mais vigorosa, enquanto sua vida caminhava para um fim solitário em um sanatório para tuberculosos em Campos do Jordão.
Recentemente, seu biógrafo, Gustavo de Castro, redescobriu uma coleção de 22 poemas inéditos, a maioria ainda em manuscritos guardados entre os livros de sua biblioteca. A reunião de todos os seus livros publicados em vida, junto a essa importante coleção de inéditos, permitiu a organização de sua Poesia completa que, ao lado de sua biografia, O enigma Orides, [um lançamento Itaú Cultural-Hedra], repõe a vida e a obra de Orides Fontela na corrente sanguínea da cultura brasileira contemporânea.
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