Descrição
“Caminho pelas vias e pelo gramado, assinalo o contraste entre as lápides bem polidas, enfeitadas com muitas flores, e as que perderam a cor brilhante, substituída por um melancólico cinza. Ao vê-las, reforço a certeza da finitude que a todos espera, como se, pelo contrário, o brilho do bronze fosse uma prova de vida.” Neste livro, o historiador Boris Fausto reflete sobre o luto após a perda da esposa, em junho de 2010. Atirado repentinamente a um dia a dia marcado pela ausência, propõe-se o desafio de escrever um diário. O resultado é uma coleção de textos que revelam um olhar crítico e atento ao cotidiano imediato que, não obstante a dor da morte, mantém seu curso. Com senso de humor inabalável e uma evidente filiação à linhagem da melhor crônica nacional, o autor aprofunda o viés pessoal que já vem imprimindo às suas incursões pelo gênero memorialístico.
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