Você sabia que raízes de plantas são mais eficientes na exploração do solo do que o mais sofisticado robô? E que é possível imitar folhas e flores de outras espécies para, por exemplo, evitar insetos nocivos? Planta faz isso? Sim, isso e muito mais, como Stefano Mancuso mostra em “Revolução das plantas”, livro que integra o nosso projeto Temporada no Futuro.
Vencedora do XII Prêmio Galileo de escrita literária de divulgação científica, a obra nos convida a ir muito além de um olhar que relega plantas a ornamentos, propondo um novo modelo de pensar o futuro da tecnologia, da ecologia e dos sistemas políticos.
Um dos fundadores da neurobiologia vegetal — ramo da ciência dedicado ao estudo da sinalização e da comunicação entre plantas em todos os níveis de organização biológica –, o botânico italiano defende que observar as plantas como organismos complexos, inteligentes e com grande capacidade de adaptação pode nos inspirar a criar soluções criativas para os desafios dos nossos tempos. Para ilustrar, ele compartilha uma série de achados sobre como elas aprendem, memorizam e se comunicam.
“Deixar de pensar na humanidade como o principal modelo de inteligência do planeta é uma estratégia que aposta na sofisticação de seres fundamentais para a vida na Terra como a conhecemos e pode gerar inovações que redefinem nossa visão de futuro”, observa Stephanie Borges, curadora da temporada.
SOBRE O AUTOR
Stefano Mancuso nasceu em Catanzaro, na Itália, em 1965. Formado pela Universidade de Florença, o botânico fundou, em 2005, na mesma instituição, o LINV – Laboratório Internacional de Neurobiologia Vegetal. Ao longo de sua carreira, coordenou diversos projetos e pesquisas na área. Além de “Revolução das plantas” (2019), tem publicado no Brasil “Planta do mundo” (2021).
