Descrição
Virgínia Artigas, com papel e tinta, e Rosa Artigas, com as palavras, tecem uma história que, mais do que centrada na militância política e na atuação profissional de Virgínia como artista plástica, passa pela importância de sua presença na formação de jovens envolvidos com o movimento operário e a resistência durante a ditadura civil-militar brasileira. Com seu marido, o arquiteto João Batista Vilanova Artigas, Virgínia viveu num momento doloroso da história brasileira. Depois de superar sua infância pobre e sua educação formal conturbada, lutou ao lado do marido e de companheiros contra a opressão e a brutalidade dessa época dramática. Sempre atenta aos acontecimentos, ela fez do desenho e da gravura as suas linguagens preferidas. Mas suas histórias, aqui reunidas e contadas por Rosa, sua filha, iluminam a vida dessa grande mulher, além de criarem um mosaico de fatos que dão significados muitas vezes inesperados ao cotidiano do século 20. Um dos cenários principais das histórias são as duas casas projetadas por Artigas para ele e sua família. Tanto a primeira casa, de 1943 – a “casinha”, como a chamavam – como a segunda casa, construída no mesmo terreno, em 1949, pertencem ao patrimônio da cultura arquitetônica modernista de São Paulo e são tombadas pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP. Neste sentido, o livro também aborda a história e origem das casas, sua relação com o bairro do Campo Belo e com a cidade de São Paulo. Desvenda um cotidiano de 50 anos de vida nesses espaços tão especiais e interessantes para historiadores, arquitetos e designers. Ilumina a intimidade no interior das casas e o projeto bastante peculiar de modernidade vivido por seus moradores e frequentadores, ilustres personagens deste livro.
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