Descrição
Com a globalização, ei-nos projetados para o ‘pós-cidade’, para o ‘pós-urbano’. Na Europa, estávamos habituados a ver a cidade como um espaço circunscrito no qual se desenvolve uma vida cultural, social, política, tornando possível uma integração cívica dos indivíduos. Somos agora confrontados de um lado com metrópoles gigantescas e sem limites, e de outro com o surgimento de entidades globais, em rede, cortadas de seu ambiente. A reconfiguração que ora ocorre suscita inquietação – iremos assistir ao declínio irremediável dos valores urbanos que acompanharam a história ocidental? Prevalecerão inelutavelmente a fragmentação e o estiramento caótico? Estaremos condenados a lamentar a polis grega, a cidade do Renascimento, a Paris das Luzes, as grandes cidades industriais do século XIX?
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