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BALA PERDIDA
Bernardo Kucinski
Boitempo

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O psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, interpreta a cultura que prega a violência policial e a força conservadora no Brasil, que define como ‘direita violenta’. Ponto de vista complementado pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de segurança pública e autor do livro Elite da tropa, que aponta as dificuldades para implementar mudanças na polícia brasileira, a partir de perspectiva de políticas públicas de segurança; e pelo depoimento do coronel Íbis Pereira, chefe de gabinete do comando-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sobre como combater a perversa estrutura do trabalho policial.Dois artigos foram assinados por instituições, trazendo, portanto, o ponto de vista de uma coletividade. Um deles foi redigido por pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), o primeiro centro acadêmico a se dedicar especificamente a estudar crime e polícia em nosso país. No texto, os pesquisadores mostram as diferentes explicações sobre a violência policial produzidas no Brasil e no exterior. O outro, assinado por participantes do Movimento Independente Mães de Maio, conta a história e a luta do coletivo que congrega familiares das vítimas de violência policial.Uma conclusão quase unânime dos autores é que um dos insumos da violência é a ausência de democracia real. Afinal, o sistema democrático no Brasil é uma conquista recente. Talvez por conta disso tenhamos mais problemas com os órgãos de segurança do que países onde esse sistema existe há mais tempo e onde a participação democrática vai além do direito ao voto’, reflete o cientista político Guaracy Mingardi na apresentação do livro.Em texto elaborado a quatro mãos, os cientistas políticos João Alexandre Peschanski e Renato Moraes tratam das ‘lógicas do extermínio’. Segundo os pesquisadores, o entendimento da violência policial no Brasil passa necessariamente pela economia política e seus mecanismos excludentes. Já a juíza Maria Lucia Karam, no artigo ‘Violência, militarização e ‘guerra às drogas”, discute os desafios para uma efetiva desmilitarização da sociedade.Contribuições jornalísticas trazem outros contornos à coletânea: Laura Capriglione analisa a cobertura da mídia e suas contradições e Fernanda Mena traça um panorama nacional da violência policial. O deputado federal Jean Wyllys aborda a necessidade de ampliação da comunidade de direitos, ou seja, a justiça social, em c

  • Seção
    Ensaios/Humanidades
  • Ilustração
  • Páginas
    128
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788575594414
  • Peso
    188 gr
  • Formato
    14 × 21 × 1 cm
  • Palavras-chave
    Segurança pública, Sociedade, Violência

Descrição

O psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, interpreta a cultura que prega a violência policial e a força conservadora no Brasil, que define como ‘direita violenta’. Ponto de vista complementado pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de segurança pública e autor do livro Elite da tropa, que aponta as dificuldades para implementar mudanças na polícia brasileira, a partir de perspectiva de políticas públicas de segurança; e pelo depoimento do coronel Íbis Pereira, chefe de gabinete do comando-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sobre como combater a perversa estrutura do trabalho policial.Dois artigos foram assinados por instituições, trazendo, portanto, o ponto de vista de uma coletividade. Um deles foi redigido por pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), o primeiro centro acadêmico a se dedicar especificamente a estudar crime e polícia em nosso país. No texto, os pesquisadores mostram as diferentes explicações sobre a violência policial produzidas no Brasil e no exterior. O outro, assinado por participantes do Movimento Independente Mães de Maio, conta a história e a luta do coletivo que congrega familiares das vítimas de violência policial.Uma conclusão quase unânime dos autores é que um dos insumos da violência é a ausência de democracia real. Afinal, o sistema democrático no Brasil é uma conquista recente. Talvez por conta disso tenhamos mais problemas com os órgãos de segurança do que países onde esse sistema existe há mais tempo e onde a participação democrática vai além do direito ao voto’, reflete o cientista político Guaracy Mingardi na apresentação do livro.Em texto elaborado a quatro mãos, os cientistas políticos João Alexandre Peschanski e Renato Moraes tratam das ‘lógicas do extermínio’. Segundo os pesquisadores, o entendimento da violência policial no Brasil passa necessariamente pela economia política e seus mecanismos excludentes. Já a juíza Maria Lucia Karam, no artigo ‘Violência, militarização e ‘guerra às drogas”, discute os desafios para uma efetiva desmilitarização da sociedade.Contribuições jornalísticas trazem outros contornos à coletânea: Laura Capriglione analisa a cobertura da mídia e suas contradições e Fernanda Mena traça um panorama nacional da violência policial. O deputado federal Jean Wyllys aborda a necessidade de ampliação da comunidade de direitos, ou seja, a justiça social, em c

Informação adicional

Peso 0,188 kg
Dimensões 1 × 14 × 21 cm

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