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PARIS, CAPITAL DA MODERNIDADE
David Harvey
Boitempo

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Neste trabalho original e ousado, o geógrafo britânico David Harvey assume o desafio de refletir sobre a cidade mais estudada, comentada, cantada e amada em toda a história. E emerge desse mergulho, delimitado entre 1848 e 1871, com uma análise avessa ao lugar-comum. Harvey não cria a ‘sua’ Paris. Antes, une pontos já bastante conhecidos de maneira inventiva e traça uma arquitetura totalizante que busca – com êxito – explicar por que Paris não precisa de adjetivos. Palco de três revoluções, polo irradiador de transformações quase ilimitadas, Paris embute em si um projeto de vida que se tornou planetário. Berço do romance como epopeia dos novos tempos, da imprensa como força ideológica inevitável, do realismo e do impressionismo nas artes visuais e de cânones de comportamento da vida pública e privada, a capital francesa também gerou um modelo de urbanismo absorvido e copiado em toda parte.No contexto do cenário efervescente da capital francesa no século XIX, a reconstrução urbana, o nascimento do consumismo nos bulevares, as novas tecnologias e até a criação da basílica de Sacré-Cœr são vistos não só pelos seus efeitos materiais, mas também pelo seu impacto nos costumes, nas ‘relações sociais e imaginações políticas’, que o geógrafo explora pelas suas representações nas artes e na literatura. Assim, Harvey constrói um mapa da cidade a partir da visão criativa de artistas e escritores como Honoré de Balzac, Gustave Flaubert, Charles Baudelaire, Honoré Daumier, Gustave Courbet, Karl Marx e Georges-Eugène Haussmann, que, entre tantos outros, condensam em suas obras o torvelinho político e social da capital alucinante. Tudo isso com o pano de fundo da intensificação da luta de classes que, no fim, levaria à queda de Napoleão III, à experiência da Comuna e ao seu sangrento desfecho, abrindo caminho para a consolidação definitiva do capitalismo industrial.A edição chega às livrarias brasileiras ricamente ilustrada com desenhos, caricaturas e fotos do período, de diversos artistas, entre eles Daumier, um dos maiores caricaturistas de cunho político do século XIX. David Harvey vem ao Brasil em junho para lançar o livro no seminário internacional Cidades Rebeldes, em São Paulo, realizado pela Boitempo Editorial em parceria com o Sesc Pinheiros. [A partir dos textos de orelha de João Sette Whitaker Ferreira e quarta capa de Gilberto Maringoni]

  • Seção
    Ensaios/Humanidades
  • Ilustração
  • Páginas
    326
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788575594421
  • Peso
    283 gr
  • Formato
    16 × 23 × 0.7 cm
  • Palavras-chave
    França, Modernidade

Descrição

Neste trabalho original e ousado, o geógrafo britânico David Harvey assume o desafio de refletir sobre a cidade mais estudada, comentada, cantada e amada em toda a história. E emerge desse mergulho, delimitado entre 1848 e 1871, com uma análise avessa ao lugar-comum. Harvey não cria a ‘sua’ Paris. Antes, une pontos já bastante conhecidos de maneira inventiva e traça uma arquitetura totalizante que busca – com êxito – explicar por que Paris não precisa de adjetivos. Palco de três revoluções, polo irradiador de transformações quase ilimitadas, Paris embute em si um projeto de vida que se tornou planetário. Berço do romance como epopeia dos novos tempos, da imprensa como força ideológica inevitável, do realismo e do impressionismo nas artes visuais e de cânones de comportamento da vida pública e privada, a capital francesa também gerou um modelo de urbanismo absorvido e copiado em toda parte.No contexto do cenário efervescente da capital francesa no século XIX, a reconstrução urbana, o nascimento do consumismo nos bulevares, as novas tecnologias e até a criação da basílica de Sacré-Cœr são vistos não só pelos seus efeitos materiais, mas também pelo seu impacto nos costumes, nas ‘relações sociais e imaginações políticas’, que o geógrafo explora pelas suas representações nas artes e na literatura. Assim, Harvey constrói um mapa da cidade a partir da visão criativa de artistas e escritores como Honoré de Balzac, Gustave Flaubert, Charles Baudelaire, Honoré Daumier, Gustave Courbet, Karl Marx e Georges-Eugène Haussmann, que, entre tantos outros, condensam em suas obras o torvelinho político e social da capital alucinante. Tudo isso com o pano de fundo da intensificação da luta de classes que, no fim, levaria à queda de Napoleão III, à experiência da Comuna e ao seu sangrento desfecho, abrindo caminho para a consolidação definitiva do capitalismo industrial.A edição chega às livrarias brasileiras ricamente ilustrada com desenhos, caricaturas e fotos do período, de diversos artistas, entre eles Daumier, um dos maiores caricaturistas de cunho político do século XIX. David Harvey vem ao Brasil em junho para lançar o livro no seminário internacional Cidades Rebeldes, em São Paulo, realizado pela Boitempo Editorial em parceria com o Sesc Pinheiros. [A partir dos textos de orelha de João Sette Whitaker Ferreira e quarta capa de Gilberto Maringoni]

Informação adicional

Peso 0,283 kg
Dimensões 0,7 × 16 × 23 cm

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