Descrição
Há algo de podre nas personagens de Elvira Vigna. Elas podem ser altruístas, cínicas ou até mesmo ingênuas, não importa: todas têm o seu quê de perversidade, e qualquer esforço para dissimulá-lo sempre resulta em confissão. Só que mentir não é crime, é apenas o único meio de vida que elas conhecem – um meio risível porque, de alguma forma, acabam se confessando justamente a quem mente sem pudor.Para Maria Teresa, a narradora deste romance, seis em ponto é a hora de começar a mentir – para si mesma, para os outros, para o mundo. Dissimulada assumida, ela é também uma excelente cronista das mentiras alheias. O método que usa é astucioso mas não muito eficaz, pois no ir-e-vir desta narrativa sua própria verdade vai se revelando aos poucos, suave, inefável – e perversa.
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