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ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ
José Saramago
Companhia das Letras

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Num país imaginário, um fenômeno eleitoral inusitado detona uma séria crise política: ao término das apurações, descobre-se um espantoso número de votos em branco – uma “epidemia branca” que remete ao Ensaio sobre a cegueira (1995), do mesmo autor. Neste romance, José Saramago faz uma alegoria sobre a fragilidade do sistema político e das instituições que nos governam. Numa manhã de votação que parecia como todas as outras, na capital de um país imaginário, os funcionários de uma das seções eleitorais se deparam com uma situação insólita, que mais tarde, durante as apurações, se confirmaria de maneira espantosa.Aquele não seria um pleito como tantos outros, com a tradicional divisão dos votos entre os partidos “da direita”, “do centro” e “da esquerda”; o que se verifica é uma opção radical pelo voto em branco. Usando o símbolo máximo da democracia – o voto -, os eleitores parecem questionar profundamente o sistema de sucessão governamental em seu país.É desse “corte de energia cívica” que fala Ensaio sobre a lucidez (2004). Não apenas no título José Saramago remete ao seu Ensaio sobre a cegueira (1995): também na trama ele retoma personagens e situações, revisitando algumas das questões éticas e políticas abordadas naquele romance.Ao narrar as providências de governo, polícia e imprensa para entender as razões da “epidemia branca” – ações estas que levam rapidamente a um devaneio autoritário -, o autor faz uma alegoria da fragilidade dos rituais democráticos, do sistema político e das instituições que nos governam.O que se propõe não é a substituição da democracia por um sistema alternativo, mas o seu permanente questionamento. É pela via da ficção que José Saramago entrevê uma saída para esse impasse – pois é a potência simbólica da literatura (território em que reflexão, humor, arte e política se entrosam) que se revela capaz de vencer a mediocridade, a ignorância e o medo.A caligrafia da capa é de autoria do escritor Julián Fuks.

  • Seção
    Ficção
  • Ilustração
  • Páginas
    328
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788535930351
  • Peso
    402 gr
  • Formato
    14 × 21 × 2 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Portuguesa, Prêmio Nobel

Descrição

Num país imaginário, um fenômeno eleitoral inusitado detona uma séria crise política: ao término das apurações, descobre-se um espantoso número de votos em branco – uma “epidemia branca” que remete ao Ensaio sobre a cegueira (1995), do mesmo autor. Neste romance, José Saramago faz uma alegoria sobre a fragilidade do sistema político e das instituições que nos governam. Numa manhã de votação que parecia como todas as outras, na capital de um país imaginário, os funcionários de uma das seções eleitorais se deparam com uma situação insólita, que mais tarde, durante as apurações, se confirmaria de maneira espantosa.Aquele não seria um pleito como tantos outros, com a tradicional divisão dos votos entre os partidos “da direita”, “do centro” e “da esquerda”; o que se verifica é uma opção radical pelo voto em branco. Usando o símbolo máximo da democracia – o voto -, os eleitores parecem questionar profundamente o sistema de sucessão governamental em seu país.É desse “corte de energia cívica” que fala Ensaio sobre a lucidez (2004). Não apenas no título José Saramago remete ao seu Ensaio sobre a cegueira (1995): também na trama ele retoma personagens e situações, revisitando algumas das questões éticas e políticas abordadas naquele romance.Ao narrar as providências de governo, polícia e imprensa para entender as razões da “epidemia branca” – ações estas que levam rapidamente a um devaneio autoritário -, o autor faz uma alegoria da fragilidade dos rituais democráticos, do sistema político e das instituições que nos governam.O que se propõe não é a substituição da democracia por um sistema alternativo, mas o seu permanente questionamento. É pela via da ficção que José Saramago entrevê uma saída para esse impasse – pois é a potência simbólica da literatura (território em que reflexão, humor, arte e política se entrosam) que se revela capaz de vencer a mediocridade, a ignorância e o medo.A caligrafia da capa é de autoria do escritor Julián Fuks.

Informação adicional

Peso 0,402 kg
Dimensões 2 × 14 × 21 cm

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