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O outono do patriarca
Gabriel García Márquez
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Um verdadeiro poema sobre a solidão do poder escrito por um dos maiores mestres da literatura latino-americana do século XX. Primeiro romance depois de Cem anos de solidão, O outono do patriarca, publicado em 1975, é uma alegoria do autoritarismo na América Latina. Através dos delírios de um ditador quimérico, lendário, arqueológico, o autor erigiu outra de suas catedrais literárias. Há mais de um século no comando, o patriarca de García Márquez faz o tempo avançar e retroceder em monólogos que comportam diálogos, construídos com imagens que evocam a loucura e o lirismo, descentrando a história, a geografia, a linguagem. Assim, O outono do patriarca traz a saga de um ditador com idade indefinida entre 107 e 232 anos, vagando num universo onde tudo conduz à lembrança do tempo acumulado. No palácio presidencial, onde pastam vacas, o patriarca é um solitário entre concubinas, perseguido por um apetite sexual senil, ouvindo harpas ao vento e a subida das marés, atrasando relógios e maquinando em um cenário em que galinhas errantes bicam móveis e cadáveres, a solidão precipita o terror e desfralda a superstição em um imenso bazar da mitologia sobre o poder no continente. O patriarca canonizou a mãe por decreto, nomeou o filho general no dia de seu nascimento, vendeu o mar a uma potência estrangeira para pagar a dívida externa, é atraiçoado pelo general mais fiel, deixa-se dominar por uma mulher que acaba tendo poder maior que o seu, e depois por um chefe do aparelho de repressão. Só e sem poder, ele muda o enredo de novelas e lê edições únicas do Diário Oficial, feitas apenas para ele. Se no sonho mágico de Macondo a morte era saudada por chuvas de folhas douradas, neste ocaso do patriarca García Márquez traz o pesadelo miserável da decrepitude, da virulência, da corrupção, das taras. As formigas mortais do último capítulo de Cem anos de solidão compõem uma epígrafe deste outono anunciado. São obras-primas que se completam, se seguem, constituindo as fabulações insuperáveis. O outono do patriarca é um dos melhores momentos do gênio criativo do mestre do realismo mágico.

  • Seção
    Ficção
  • Ilustração
  • Páginas
    272
  • Encadernação
    BROCHURA
  • ISBN
    9788501009739
  • Peso
    300 gr
  • Formato
    13.5 × 21 × 1.6 cm
  • Palavras-chave
    Literatura Colombiana, Prêmio Nobel

Descrição

Um verdadeiro poema sobre a solidão do poder escrito por um dos maiores mestres da literatura latino-americana do século XX. Primeiro romance depois de Cem anos de solidão, O outono do patriarca, publicado em 1975, é uma alegoria do autoritarismo na América Latina. Através dos delírios de um ditador quimérico, lendário, arqueológico, o autor erigiu outra de suas catedrais literárias. Há mais de um século no comando, o patriarca de García Márquez faz o tempo avançar e retroceder em monólogos que comportam diálogos, construídos com imagens que evocam a loucura e o lirismo, descentrando a história, a geografia, a linguagem. Assim, O outono do patriarca traz a saga de um ditador com idade indefinida entre 107 e 232 anos, vagando num universo onde tudo conduz à lembrança do tempo acumulado. No palácio presidencial, onde pastam vacas, o patriarca é um solitário entre concubinas, perseguido por um apetite sexual senil, ouvindo harpas ao vento e a subida das marés, atrasando relógios e maquinando em um cenário em que galinhas errantes bicam móveis e cadáveres, a solidão precipita o terror e desfralda a superstição em um imenso bazar da mitologia sobre o poder no continente. O patriarca canonizou a mãe por decreto, nomeou o filho general no dia de seu nascimento, vendeu o mar a uma potência estrangeira para pagar a dívida externa, é atraiçoado pelo general mais fiel, deixa-se dominar por uma mulher que acaba tendo poder maior que o seu, e depois por um chefe do aparelho de repressão. Só e sem poder, ele muda o enredo de novelas e lê edições únicas do Diário Oficial, feitas apenas para ele. Se no sonho mágico de Macondo a morte era saudada por chuvas de folhas douradas, neste ocaso do patriarca García Márquez traz o pesadelo miserável da decrepitude, da virulência, da corrupção, das taras. As formigas mortais do último capítulo de Cem anos de solidão compõem uma epígrafe deste outono anunciado. São obras-primas que se completam, se seguem, constituindo as fabulações insuperáveis. O outono do patriarca é um dos melhores momentos do gênio criativo do mestre do realismo mágico.

Informação adicional

Peso 0,3 kg
Dimensões 1,6 × 13,5 × 21 cm

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